terça-feira, 22 de maio de 2007

Sem valor, sem juízo, sem perdão!

Sem valor, sem juízo, sem perdão!


Alvarás decrépitos e juras de amor ditam mortes.

Suprimem-se dores e escoiceiam avencas pudibundas.

Infernizam-se em doces de mel e ovos os mais fortes.

Recolhem-se em seus eus as mariposas, meditabundas.


Castas cortesãs, abadessas vis, príncipes consortes,

Infames nobres, outros honestos, rainhas corcundas

Têm assento em miríades de funestas cortes,

Girândolas de gentes gelatinosas e imundas.


Escolhos persigo, e desnorteio ante o mar seráfico,

Supremo ser, sério e senil, de carácter biográfico,

Em que submerjo, enrolado em alísios e cetim.


Longe, em tropel, rinocerontes embalam suas crias

Enquanto marialvas e mafiosos contam os dias

De glória. Não obstante, são dilacerados. Enfim...